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domingo, 24 de abril de 2016

POLITICA - Sílvio Costa. Minha agenda vai ser derrubar Eduardo Cunha

Em seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados, Sílvio Serafim Costa (PTdoB-PE) ganhou destaque pelos discursos passionais e por enfrentar o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Desde que assumiu a vice-liderança do governo, ele se tornou aguerrido defensor da presidente Dilma Rousseff na tribuna.

Fundador e ex-professor do Colégio Decisão, no Recife, Costa tem dois filhos envolvidos na política de Pernambuco. O mais velho, Sílvio Costa Filho, é deputado estadual pela terceira vez. 

O mais novo, João Paulo Costa, já foi presidente estadual do PEN e agora está cotado para vaga de vereador da capital pernambucana. Atualmente, o caçula ocupa cargo comissionado de gerência do Metrô de Recife.

Para continuar ao lado de Dilma, Sílvio Costa mudou de partido depois que sua antiga legenda, o PSC, foi para a oposição. Ao O POVO, ele conta que vai se dedicar para derrubar Cunha.

O POVO - Como foi aquela noite após a votação do impeachment na Câmara? É verdade que o senhor chorou?
Sílvio Costa - Como todo ser humano, eu fico indignado com a ingratidão. É verdade mesmo que eu me emocionei em algum momento. Não convém citar nomes, inclusive de parlamentares do Ceará, mas fiquei indignado com vários deles que diziam que acreditavam no projeto de governo e, na hora que a presidente Dilma mais precisou, eles capitularam. 

A traição é algo que só espera de amigos e é algo muito doloroso. Depois da votação, naquela noite, eu fui direto para o Palácio da Alvorada e lá permaneci por volta de uma hora junto com Lula e Dilma.

 
OP - Como estavam Lula e Dilma naquele momento?
Sílvio - A presidente Dilma foi torturada aos 18 anos. Aquele domingo, 17 de abril, foi o dia em que parte da elite brasileira torturou a presidente pela segunda vez. Também seria o dia triste para lembrar no futuro. Veja bem, o Tribunal de Contas da União (TCU) é um órgão auxiliar e as contas [de 2015 de Dilma] sequer foram analisadas ainda. Então, na verdade, o pedido de impeachment foi fruto do ódio e da vingança de um homem como 
Eduardo Cunha.
 
OP - Qual foi a reação da presidente após a votação? Estava abalada?
Sílvio - Pelo contrário, ela assistiu pela TV do primeiro ao último voto. Quando cheguei, conversamos meia hora, 40 minutos. Já estavam lá Lula e os ministros. Ela estava muito firme e forte. Não foi por acaso que colocaram na música dela aquele trecho “Dilma, coração valente”. Muitos não gostaram, mas até cantei a música no meu discurso. Sou fã de carteirinha dela. 

OP - Como o senhor se tornou um árduo defensor de Dilma na Câmara? 
Sílvio - Na verdade, quem me convidou para ser vice-líder foi o deputado Zé Guimarães (PT) e o Aloizio Mercadante. Eu só aceitei porque acredito em Dilma enquanto pessoa e gestora. Sou admirador da história dela. Ela é digna e honrada. Sou vice-líder do governo dela com paixão. Defendo porque sei que ela faz uma politica maior, acima de tudo, com respeito às pessoas. Mas foram 40 dias de tortura [para ela]. Torço para que o Senado não ratifique a decisão da Câmara. Mas, se ratificar, descerei a rampa com ela. 

OP - Que erros a presidente cometeu para ficar nessa situação?
Sílvio - Esse Paulo Skaf, da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que gastou dinheiro do trabalhador contra ela, porque dinheiro do Senac e Senai é do trabalhador. Enfim, ele e 95% dos empresários aplaudiam a presidente, porque no primeiro mandato tanto Europa como Estados Unidos passaram por uma crise. A economia mundial não é uma ilha. Tem movimento angular. [Naquele momento] ela fez desoneração de folha e IPI. Essas desonerações acarretaram déficit de R$ 500 bilhões em arrecadação. Eu até reconheço que [o ex-ministro da Fazenda] Guido Mantega, em algum momento, deveria ter freado essas desonerações. No segundo mandato, vieram os efeitos colaterais dessa política de consumo. Mas, na hora que ela mais precisava, eles [empresários] viraram as costas contra ela e se juntaram a essa oposição sem ética e moral. Parte deles está envolvida em esquemas ali.

OP - Há algo que o faria se sentir diferente em relação à presidente?
Sílvio - O governo só chegou a essa situação pelo déficit de articulação politica. É como um time de futebol que muda muito de técnico, isso indica que algo não está bem. Ela teve seis articulares, inclusive o golpista [Michel] Temer. Isso fez o governo chegar ao ponto que chegou. Hoje sei que Michel, quando aceitou ser ministro, tenho certeza que ele já estava preparando esse golpe. Estou com nojo dele. [Eliseu] Padilha sabia o estado onde tinham problemas de deputado. Se um indicava alguém pra órgão federal, o rival queria a vaga. Então ligava para o outro prometendo os cargos e eles aceitaram. Ele tinha um mapa do governo na mão. Ele foi pra preparar o golpe. Não vou citar nomes, porque o povo gosta da delação, não gosta do delator. 

OP - Como o senhor se sente sobre o processo de Cunha no Conselho de Ética?
Sílvio - Ele fez um acordo com a oposição para tirar Dilma e se salvar. Ele quer ser salvo apostando na morosidade do Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha vai para o Plenário com uma punição simples. Ele quer preservar o mandato dele pra não ir preso. E a oposição fez esse acordo espúrio. Eu tenho vergonha desses parlamentares. Foi um processo para tentar salvar Cunha, mas não vai salvar. A gente vai para cima. 

A partir de segunda, 25, vou no Ministério Público e no STF. Minha agenda vai ser Cunha. Sem dúvida, tirar Cunha. E vou conversar com muitos companheiros para fazer essa agenda. Formar um grupo com os 147 deputados que votaram contra o impeachment e ir pra cima de Cunha. Vou procurar todas as instâncias do País e tirar esse cara. 

Ele é um psicopata. 


OP - O que um governo Temer pode trazer para o País?
Sílvio - Quero parabenizar Camilo, Ciro, Roberto Cláudio e Cid pela 
postura firme. A presidente teve 14 votos no Ceará. Eles se comportaram como verdadeiros guerreiros do Nordeste. Quando vi a lista para possível ministros de Michel Temer, constatei que são representantes dessa elite dos paulistas que têm horror ao Nordeste. Teve deputado do Ceará que me ligou para dizer que se arrependeu do voto, porque votou contra o Nordeste. Eu fico indignado com um deputado do Nordeste que vota na chapa Michel Temer e Eduardo Cunha - eles se merecem. 

O Nordeste perdeu.

POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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