O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, que integram o núcleo duro no Planalto, também são citados na delação do ex-executivo
da Odebrecht. Ontem, também, Moreira Franco e Padilha precisaram desmentir boatos de que os dois também estariam deixando o governo.
Temer não pretende neste momento abrir mão dos auxiliares porque está convencido que isso não estancaria a crise. O presidente já perdeu outros representantes do seu núcleo mais próximo - o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá, o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves e, mais recentemente, o ex-secretário de Governo Geddel Vieira Lima.
Depois da decisão da saída de Yunes, que ocupava uma sala no mesmo andar do gabinete presidencial, Temer reuniu seus principais assessores e ministros para conversar sobre os problemas enfrentados pelo governo, avaliar esta nova baixa e sobre as preocupações com as novas delações relacionadas à Operação Lava Jato. O Planalto considera o momento de “muita tensão” e as expectativas não são consideradas as melhores, uma vez que o vazamento que ocorreu - que alegam ter sido direcionado para atingir o coração do governo Temer - se refere apenas de uma das 77 delações feitas por integrantes da Odebrecht.
O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), outro citado nas delações, também participou da reunião no Planalto.(da agência Estado)
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Projeto transforma Congresso atual em Constituinte
Os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) Miro Teixeira (Rede-RJ) apresentaram ontem, uma proposta para colocar em prática, a partir do ano que vem, uma “revisão” na atual Constituição, promulgada em 1988. Pelo projeto, uma assembleia constituinte seria convocada no dia 1º de fevereiro de 2017 para discutir uma série de modificações no sistema político-eleitoral do País.
A ideia é que deputados e senadores debatam a reforma, mantendo apenas seis princípios básicos hoje existentes na Constituição: o Estado democrático de Direito, a separação dos Poderes, o voto secreto, a forma federativa de Estado, os direitos e garantias individuais e o pluralismo político.
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POSTADA POR GOMES SILVEIRA
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