A equipe econômica de Michel Temer (PMDB) vai fazer alterações no 'pacote de bondades' anunciado em troca de apoio para a votação da reforma da Previdência em 2018. De acordo com a Folha de S. Paulo,
as medidas negociadas deverão sofrer alterações, como a liberação de verba a municípios, o projeto que permite o parcelamento de dívidas (Refis) de micro e pequenas empresas e o que dá aval a União, Estados e municípios para venderem ao setor privado o direito sobre créditos parcelados, a chamada securitização.Integrantes do Ministério da Fazenda avaliam que, sem a reforma da Previdência, o governo não terá dinheiro para cumprir compromissos e manter a meta fiscal do ano que vem, fixada em um deficit de R$ 159 bilhões.
Os primeiros prejudicados serão prefeitos e deputados. Temer havia prometido - caso a reforma fosse aprovada - que iria liberar mais R$ 3 bilhões aos municípios em 2018, desde que metade desses recursos fosse utilizada em projetos na área da saúde.
O presidente também remanejou R$ 5,3 bilhões do Orçamento de 2018 para repassá-los aos parlamentares às vésperas da eleição.
Segundo integrantes da equipe econômica, o governo terá que cortar várias dessas medidas e amenizar algumas delas, que não poderão ser totalmente suspensas.
A votação da reforma da Previdência foi adiada para fevereiro. Ao longo da semana, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) estava pessimista quanto à aprovação da reforma, o governo sabia nunca ter chegado perto dos 308 votos necessários na Câmara.
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