O governo quer acelerar a divulgação do novo texto da reforma da Previdência para poder retomar as negociações em torno da proposta e garantir que a medida seja votada na Câmara no dia
19 de fevereiro.Em reunião neste domingo (17) no Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiram pedir celeridade ao relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), para a apresentação da versão final da reforma.
O objetivo do governo é mostrar rapidamente aos líderes partidários o texto que deverá ser levado a plenário em fevereiro, para tentar conter a pressão por novas modificações nas regras e começar a contar os votos que poderão ser dados a favor da proposta.
"É necessário conhecer o texto da emenda o mais rapidamente possível. Esse debate deve ser permanente", afirmou o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), que também participou da reunião.
Apesar de o relator ter anunciado novas flexibilizações no texto, o Palácio do Planalto ainda resiste em admitir essas concessões – como a criação de uma regra de transição mais benéfica para servidores públicos.
"Não se pode perder a característica central da reforma, que é o esforço para acabar com privilégios. Não se constrói uma sociedade democrática com igualdade de oportunidades se mantivermos privilégios tão odiosos", disse Moreira.
O governo quer evitar modificações no que chama de "espinha dorsal" da proposta, como a equiparação dos regimes previdenciários de servidores e de trabalhadores do setor privado, além da fixação de uma idade mínima para as aposentadorias de homens e mulheres.
Em entrevista à Folha de S.Paulo publicada neste domingo, Rodrigo Maia afirmou que, caso a reforma da Previdência não seja aprovada em fevereiro, será "impossível" votar o tema.
GILMAR MENDES
Temer também recebeu neste domingo o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em mais um compromisso que não constava na agenda oficial do presidente.
Mendes afirmou ter feito uma "visita de cortesia" a Temer, que se recupera de uma cirurgia para desobstrução da uretra e colocação de uma sonda para ajudá-lo a urinar.
Segundo o ministro, os dois conversaram novamente sobre a proposta para instituir um regime de semipresidencialismo no país a partir de 2022.
"Temos compartilhado a proposta, mas sabemos que já outras questões na pauta. Não é algo imediato, mas o debate precisa ocorrer", disse Mendes. Com informações da Folhapress.
FONTE;NOTICIAS AO MINUTO
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