O ano de 2024 que por sí só já promete ser quente por conta de ser um ano de eleições, deve ser ainda mais intenso para metade dos municípios do Sertão Central. Levantamento exclusivo feito pelo Revista Central aponta que na metade da região os prefeitos que hoje estão no cargo, não poderão mais voltar a se candidatar.
A lei determina que um prefeito só pode se manter no cargo de forma consecultiva, ou seja, sem intervalo, por até dois mandatos (oito anos). Esse cenário já ocorre em nove dos 18 municípios do Sertão Central. Nestas cidades as eleições prometem, já que os prefeitos terão que convencer o eleitorado a confiarem em um novo nome.
Na outra metade, o clima deve ser de transição. Se quiserem e caso não encontrem nenhum impedimento jurídico na Justiça Eleitoral, os prefeitos poderão tentar se manter no cargo por meio de uma campanha para se reelegerem.
Edinho Nobre, em Banabuiú; Rozário Ximenes, em Canindé; Amanda Lopes, em Caridade; Marcondes Jucá, em Choró; Franzé Carneiro, em Ibicuitinga; Sônia Costa, em Madalena; Orlando Filho, em Mombaça; Bismarck Bezerra, em Piquet Carneiro e Maurição, em Senador Pompeu, já estão nos cargos desde 2016 e para eles, é o fim da linha: não poderão mais voltar a se candidatar.
Por outro lado, a metade do Sertão Central poderá continuar com os gestores com a caneta na mão. Régis Carneiro, em Boa Viagem; Gildecarlos, em Deputado Irapuan Pinheiro; Elíria Queiroz, em Ibaretama; Simone Tavares, em Itatira; Alan Macêdo, em Milhã; Antônia Telvânia, em Paramoti; Mateus Góis, em Pedra Branca; Ricardo Silveira, em Quixadá; Cirilo Pimenta, em Quixeramobim e Ana Vládia, em Solonópole, poderão, caso queiram, tentar a reeleição.
O que determina uma temperatura mais quentes nos municípios onde os prefeitos não podem se reeleger, é porque nestas condições as eleições se tornam mais acirradas e, por consequência, movimentam mais as cidades. Por óbvio, é muito mais fácil votar de novo em que já se votou uma vez, do que apostar seu voto em alguém que estréia na disputa.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) tem demonstrado que vai ter mais rigor em 2024 em relação às fiscalizações nas prefeituras. O órgão já está de olho mesmo antes do ano virar, nos processos seletivos municipais, e vai fiscalizar obras e ações públicas para evitar que prefeitos se valham das ações, para se promoverem politicamente.
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