Os moradores do Campo Novo, especialmente aqueles que estudam ou tem crianças estudando na escola de ensino fundamental Nemésio Bezerra, podem assoprar as velinhas em comemoração ao tempo que a prefeitura de Quixadá abandonou e não finalizou um pequeno reparo que tentou fazer na escola: se trata do restante do reboco de um muro.
Pouco após assumir a gestão em Quixadá, o médico Ricardo Silveira (PSD) e seus gestores da educação resolveram por bem derrubar o muro da frente de algumas escolas, como o já citado Nemésio Bezerra e a Terra dos Monólitos; com a crescente onda de violência na cidade entre 2022 e 2023, populares cobraram que a prefeitura garantisse a segurança de alunos e professores -depois do sem sentido trabalho em derrubar, o contribuinte quixadaense pagou para que o prefeito refizesse os muros.
Acontece que, diferente da Terra dos Monólitos, escola que fica mais próxima do centro e de bairros mais nobres da cidade, o Nemésio, em um bairro mais pobre, não recebeu a devida atenção e, faltando cerca de 30 metros para a finalização do reboco, o material acabou.
A prefeitura não comprou mais cimento e dispensou os poucos trabalhadores que estavam no local. Como resultado, há mais de um ano a escola tem esse muro, conforme visto na imagem da matéria: uma parte rebocada, outra sem reboco e ambas sem tinta. Nem um supercal foi aplicado.
A situação no interior da escola é ainda pior: salas quebradas, portas empenadas, paredes se esfarelando, quadra sem manutenção. A prefeitura esqueceu dos bairros mais afastados do centro, assim como esqueceu dos distritos. Alguns anos depois da decisão inicial da derrubada dos muros, até hoje nem professores, alunos, pais ou mesmo a gestão sabem explicar a razão pela ação.
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