A Prefeitura de Choró deve seguir sob comando do presidente da Câmara Municipal, Paulinho (PSB), por ora. Nesta quinta-feira (20), o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) rejeitou por unanimidade mandado de segurança do vice-prefeito eleito na cidade, Bruno Jucá (PRD), em processo sigiloso. Ele pedia reversão da decisão da 6ª Zona Eleitoral, que impediu a posse da sua chapa, encabeçada por Bebeto Queiroz (PSB).
Foragido há mais de dois meses, o pessebista foi alvo da Operação Vis Occulta – desdobramento da Operação Mercato Clauso –, deflagrada em dezembro de 2024 pela Polícia Federal com o apoio do Ministério Público Eleitoral (MPE). Ele é suspeito de articular um grupo criminoso responsável pela compra de votos e influência no pleito eleitoral em dezenas de municípios do Ceará.
Um mandado de prisão foi expedido contra Bebeto, mas ele fugiu e até hoje o seu paradeiro é desconhecido. A sua diplomação, inclusive, aconteceu por procuração naquele mesmo mês. Em decorrência desses fatores, a 6ª Zona Eleitoral vetou a posse da chapa por meio de liminar, ato comunicado ao Município durante a cerimônia de 1º de janeiro na Câmara de Vereadores.
O juiz da primeira instância entendeu que não deveria haver a posse também do vice-prefeito em razão da unicidade das candidaturas, devido aos fatos estarem interligados. O MPE também argumentou, em pedido de cassação dos registros de candidatura, que ambos os políticos foram beneficiados pela prática de abuso de poder econômico.
A decisão do TRE-CE desta quinta-feira vem nesse sentindo. O relator Luciano Nunes Maia Freire entendeu que não houve “teratologia”, ou seja, erro grave na aplicação da lei, que justificasse revisão da decisão anterior. Seus colegas o seguiram e rejeitaram o pedido de Bruno Jucá.
O PontoPoder buscou o vice-prefeito de Choró para pronunciamentos acerca da decisão. O espaço está aberto para manifestações.
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