Um ourives foi morto com tiros à queima-roupa na noite dessa segunda-feira (10), em Juazeiro do Norte, Interior do Ceará. O autor do crime, flagrado por câmeras de segurança, é um policial militar identificado como cabo José Naílton Campos. A defesa do militar não foi localizada pela reportagem.
Nailton e a vítima, identificada como Jorge Silva Melo, estariam bebendo em um estabelecimento comercial na cidade. Imagens das câmeras de segurança mostram que o PM saca a arma e efetua, pelo menos, quatro disparos.
Logo após o assassinato, o militar entra em um veículo modelo Saveiro, de cor branca, e foge.
O suspeito foi preso por policiais civis nesta terça-feira (11). Há informação que o cabo estava escondido dentro de um motel e alegou que efetuou os disparos em um momento de surto.
A Polícia confirmou ter cumprido um mandado de prisão e disse que o cabo estava em Várzea Alegre: "A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informa que cumpriu um mandado de prisão, nesta terça-feira (11), em desfavor de um cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE), de 57 anos, suspeito de um homicídio registrado nessa segunda-feira (10) em Juazeiro do Norte - Área Integrada de Segurança 19 (AIS 19) do Estado. Após diligências do Núcleo de Homicídios e Proteção à Pessoa (NHPP), com o apoio das equipes do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI-Sul) e da Delegacia Municipal de Várzea Alegre, o homem foi encontrado no município de Várzea Alegre. Ele foi conduzido para uma unidade policial, onde o mandado foi cumprido"
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A Controladoria Geral de Disciplina (CGD) disse por nota "que instaurou processo disciplinar para apurar ocorrência na seara administrativa, estando este em trâmite. O Inquérito Policial está sob responsabilidade da Delegacia Regional de Juazeiro do Norte".
AMEAÇA
A reportagem apurou que José Nailton já chegou a responder criminalmente por ameaça. Em fevereiro de 2025, o PM foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) pelo crime ocorrido em janeiro de 2023, em um hospital na cidade de Aurora.
Segundo a acusação, o cabo teria ameaçado por meio de palavras um outro PM, enquanto estava com "comportamento bastante alterado e sob a posse da sua arma de fogo".
Dias após a denúncia ser apresentada, a Justiça declarou extinta a punibilidade do denunciado devido à prescrição da pretensão punitiva do Estado, já que a pena de detenção neste caso seria de seis meses e "a prescrição do referido delito ocorre no prazo de dois anos".
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