O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era o "principal destinatário" das ações da chamada "Abin Paralela", que seria uma organização criminosa que usava politicamente a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Conforme a investigação, que teve o sigilo retirado nesta quarta-feira (18), o ex-mandatário era o "centro decisório" do gabinete.
"Era o centro decisório e o principal destinatário das 'vantagens' ilícitas", diz a investigação, segundo a Folha de S. Paulo. A "Abin Paralela" tinha como alvos das ações clandestinas opositores, instituições e o sistema eleitoral.
A organização contaria ainda com a presença de um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que foi indiciado no inquérito da Abin Paralela.
Espionagem ilegal da 'Abin Paralela'
Segundo a Polícia Federal (PF), Carlos Bolsonaro (Republicanos), fazia parte do esquema criminoso que usava a Abin espionar ilegalmente opositores e autoridades públicas durante o governo de Jair Bolsonaro.
Na época, um dos alvos dos suspeitos teria sido o então governador do Ceará, Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação.
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o diretor da instituição de inteligência, Luiz Fernando Corrêa, e outras 31 pessoas também foram indiciados na ocasião. A informação foi revelada nesta terça-feira pela jornalista Daniela Lima, colunista do portal g1.
O que diz o inquérito sobre os suspeitos?
Para os investigadores da Polícia Federal:
- Ramagem, então diretor da Abin do governo Bolsonaro, teria montado o esquema para espionagem ilegal de pessoas consideradas adversárias do antigo presidente;
- Carlos seria o chefe do "gabinete do ódio", grupo responsável por usar as informações obtidas pela "Abin paralela" para atacar publicamente os alvos;
- Bolsonaro teria conhecimento do esquema e se beneficiaria dele;
- A atual direção foi implicada por obstrução de Justiça.
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