A Polícia Federal (PF) concluiu que Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi o idealizador e articulador do esquema criminoso para comandar a realização de ações de espionagem clandestina de opositores na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo a PF, o parlamentar “foi beneficiário direto de informações coletadas por essa estrutura, incluindo dados sobre investigações em curso que pudessem atingir o núcleo político ou familiar”.
A conclusão consta no relatório final das investigações do caso "Abin Paralela", que foi finalizado nesta terça-feira (17), quando a PF indiciou cerca de 30 investigados, entre eles, Carlos Bolsonaro.
O sigilo do documento foi retirado nesta quarta-feira (18) pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Conforme conclusão dos investigadores, ficou comprovado nas investigações o uso ilegal da Abin contra quem se opusesse ao denominado núcleo político, formado pelo ex-presidente e seu filho.
O ex-presidente Bolsonaro não foi indiciado porque responde às acusações sobre o uso clandestino da Abin na ação penal da trama golpista, que tramita no STF.
Bolsonaro era o 'principal destinatário'
Jair Bolsonaro era o “principal destinatário” da “Abin Paralela”. Conforme a investigação, o ex-mandatário era o "centro decisório" do gabinete.
"Era o centro decisório e o principal destinatário das 'vantagens' ilícitas", diz a investigação, segundo a Folha de S. Paulo. A "Abin Paralela" tinha como alvos das ações clandestinas opositores, instituições e o sistema eleitoral.
Na época, um dos alvos dos suspeitos teria sido o então governador do Ceará, Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação.
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o diretor da instituição de inteligência, Luiz Fernando Corrêa, e outras 31 pessoas também foram indiciados na ocasião. A informação foi revelada nesta terça-feira pela jornalista Daniela Lima, colunista do portal g1.
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