O advogado Lucas Arruda Rolim, de 33 anos, foi preso nesta quarta-feira (23), por suspeita de participação no assassinato do advogado criminalista e conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Sílvio Vieira, 54 anos. A vítima foi morta em maio deste ano, no bairro Parque Genibaú, Fortaleza.
Segundo a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), responsável pela captura, Lucas estava no município de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. O investigado, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), já responde por organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
INVESTIGAÇÕES
Em junho, três homens foram presos, também suspeitos de envolvimento no assassinato. De acordo com a SSPDS, dois suspeitos, um de 19 anos e outro de 20 anos, foram encontrados em um imóvel no Siqueira. Já o terceiro indivíduo, de 28 anos, foi preso em uma casa no Autran Nunes.
Na data, o Diário do Nordeste apurou que a principal linha investigativa era de que o jurista foi morto em razão de sua profissão.
Em documentos obtidos pela reportagem e publicados naquele mês, o Ministério Público do Ceará (MPCE) disse, com base no inquérito, que o motivo do homicídio estaria relacionado ao fato de o advogado "não ter conseguido a soltura de um integrante de facção criminosa".
"O advogado, ora vítima, teria sido atraído ao local, sob o pretexto de receber um pagamento por serviços prestados", completou o órgão.
LIGAÇÃO COM O COMANDO VERMELHO
Em 2019, o Diário do Nordeste noticiou que, conforme o setor de Inteligência da Polícia Civil, Lucas Arruda Rolim participava na logística delitiva da facção criminosa Comando Vermelho. Naquele mesmo ano, ele foi preso duas vezes.
Uma investigação, comandada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), apontou que Lucas participava na logística delitiva da organização. Os autos que a reportagem teve acesso afirmam que o advogado auxiliava “na elaboração de planos de fuga e influência no tráfico de drogas”.
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