A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) passou mal ao chegar à audiência de custódia no Tribunal de Apelação de Roma, na Itália, nesta quarta-feira (13). A sessão judicial faz parte do processo de extradição da parlamentar, que pode durar até dois anos.
Após o atendimento médico, a audiência foi retomada, e ficou decidido que ela seguirá presa. Condenada a 10 anos e 8 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter invadido os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a deputada fugiu para a Itália, onde foi localizada no fim do mês passado.
Zambelli está detida na penitenciária de Rebibbia, em Roma. A defesa dela alega questões de saúde e pede que a parlamentar aguarde a decisão sobre a extradição em liberdade. Segundo o advogado o Fabio Pagnozzi, uma perícia médica deverá ser marcada.
No início deste mês, a mesma Corte de Apelação de Roma já havia determinado que a deputada continuasse presa em regime fechado. Zambelli tinha expectativa de que sua prisão fosse reconsiderada.
Por isso, enviou uma carta a familiares para pedir que bolsonaristas fizessem pressão sobre o ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, por alguma decisão favorável.
Presa na Itália
Zambelli foi detida em 29 de julho, em um apartamento de um bairro nos arredores de Roma, após quase dois meses foragida da Justiça brasileira. Ela foi enviada para o presídio feminino Rebibbia, que se encontra superlotado.
Em junho, foi expedida a ordem definitiva de prisão, emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, quando a deputada já estava foragida. Moraes então ordenou que o Ministério da Justiça formalizasse o pedido de extradição, com base no acordo firmado entre Brasil e Itália.
A condenação prevê a perda de mandato parlamentar, algo comunicado imediatamente ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
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