Agentes da Segurança Pública do Ceará são investigados por crimes como extorsão, tortura, associação criminosa armada, abuso de autoridade e invasões ilegais de domicílio. O grupo foi alvo de duas operações deflagradas pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) nesta quinta-feira (12).
De acordo com o órgão, as duas operações são coordenadas por meio do Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc). Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Fortaleza. Nenhum suspeito foi preso e os casos tramitam sob segredo de Justiça.
Na 'Operação Embrionária' foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão domiciliar "para aprofundar indícios da atuação de uma associação criminosa armada composta por agentes de segurança pública voltada à prática de extorsões e outras condutas criminosas graves visando obter vantagem econômica".
Dentre o material apreendido está um artefato explosivo (granada de luz e som), que estava em posse de um PM, levado à autoridade militar competente.
"O cumprimento dos mandados também resultou na coleta de documentos, dispositivos eletrônicos, mídias e outros materiais que serão analisados durante as investigações para obter novos elementos de autoria e materialidade", disse o MP.
ESPANCAMENTOS E SUFOCAMENTO
A outra operação deflagrada tem nome de 'Ecos de Penumbra' e busca aprofundar investigações sobre atos de tortura, abuso de autoridade e invasões ilegais de domicílio atribuídos a um agente de segurança pública.
Conforme o Ministério Público, a investigação começou a partir da denúncia de uma vítima que relatou às autoridades ter sido espancada e sufocada.
"Com o avanço da investigação, o Nuinc identificou outras possíveis vítimas. Diante da gravidade das suspeitas, o Juízo da Auditoria Militar do Estado deferiu os mandados requeridos pelo Ministério Público".
Um mandado de busca e apreensão pessoal e domiciliar foi cumprido em Fortaleza. Foram apreendidos documentos, dispositivos eletrônicos, mídias e outros materiais que "serão analisados para identificar se há outros possíveis envolvidos para a completa elucidação dos fatos".
Todos os mandados foram deferidos pelo Juízo da Auditoria Militar da Comarca de Fortaleza.
O MP destaca que as operações aconteceram em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), com o Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil, bem como com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Comando Tático Motorizado (Cotam), ambos da Polícia Militar.
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