Contagem
regressiva para o fim de 2013. Para muitos, a chegada do novo ano é um
momento de renovação e esperança. Marcado por lutas, conquistas, perdas e
arrependimento, este foi um ano turbulento para o Brasil – e para o
Ceará também. As expectativas são de um 2014 ainda mais movimentado, com
eleições para presidente, governador e senador e com a Copa do Mundo.
No
último dia do ano, já é possível fazer as primeiras projeções para as
eleições. Surpresas podem acontecer, até porque traçar um cenário a nove
meses do pleito tem grande chance de imprecisão. O que se percebe é a
vontade de fazer diferente. O jornal O Estado conversou com alguns
políticos cearenses sobre o legado deixado em 2013 e o esperado para
2014.
O
prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (Pros), confirma que dará
continuidade aos investimentos na saúde, considerada a área prioritária
na gestão. “Além da saúde, implantaremos as creches e escolas de tempo
integral, e faremos obras de mobilidade urbana”. Roberto Cláudio
informou ainda que serão realizadas obras na área turística com captação
de R$ 200 milhões.
Fracasso
Já
segundo o deputado estadual Heitor Férrer (PDT), o governador Cid Gomes
(Pros) fracassou em alguns aspectos. “O que a população mais quer é paz
e igualdade social. Hoje, vivemos na cidade mais violenta do Nordeste,
em números absolutos, mostrando insegurança, violência e perda de vidas
humanas registradas diariamente”.
Para
2014, o parlamentar afirma que “não tem esperança”, porque o governador
não enfrentou o problema gerador da desigualdade social: o uso das
drogas. “Tem sido uma tragédia. A frustração nos acompanha”.
Em
relação ao pleito, Férrer assegura que não disputará o Senado Federal.
“Vou disputar a reeleição como deputado. O meu partido deve apoiar o
governador na sucessão estadual. Eu, obviamente, não apoio”.
O
deputado José Sarto (Pros), líder do governo na Assembleia Legislativa,
também reclama da insegurança na cidade. “Tem que melhorar a segurança
pública”. Sobre as manifestações ocorridas em junho, durante a Copa das
Confederações, disse que “foram frustrantes, porque algumas pautas, como
reformas política e tributária, não saíram do papel. Em 2014, hevará
novos protestos, acho legítimos, só espero que sejam pacíficos”.
Inácio
Arruda (PCdoB) também destaca a importância das manifestações,
afirmando que trataram de problemas relevantes, como mobilidade urbana,
transporte público, educação e saúde. “Foram muito úteis, porque
revogaram o aumento das passagens de ônibus e aprovaram o passe-livre em
alguns municípios e estados”.
De
acordo com o senador, em Fortaleza aconteceram melhorias, fruto da
mobilização popular. “Foi um ano muito proveitoso, com conquistas a
partir das reivindicações sociais e populares, mas que também gerou
desgaste político para a presidente Dilma Rousseff (PT)”.
Em
2014, ele afirma que o principal ponto será a batalha política em busca
do melhor para o País, citando a reeleição de Dilma. Em relação ao
PCdoB, a pretensão é que o partido cresça. “Queremos ultrapassar a
barreira da eleição, alcançar o número de quatro senadores da República e
eleger um governador”.
Como
esperado, o senador pretende se reeleger. Ele acrescentou que o PCdoB
tem conversado com todos os partidos da aliança, com o objetivo de
conseguir mais apoio nas eleições. “Temos que andar de mãos dadas.
Queremos que a nossa legenda cresça, porque nosso espaço, atualmente, é
muito pequeno”, admite.
Demandas
O
vereador Evaldo Lima (PCdoB), líder do governo na Câmara Municipal de
Fortaleza, acredita que 2013 comprovou a atenção da gestão atual às
demandas das comunidades. “A gestão tem a característica de honrar os
compromissos, por uma Fortaleza renovada. O prefeito Roberto Cláudio
(Pros) estabeleceu prioridades em saúde, educação e mobilidade urbana”,
disse, acrescentando que foram enviadas 59 mensagens à Câmara e todas
foram aprovadas.
O
próximo ano, de acordo com o vereador, será especial em razão da Copa
do Mundo. “O futebol, o jogo em si, será o detalhe menos importante do
megaevento para a nossa cidade. A grande preocupação é em relação ao
legado, à herança que a Copa vai deixar para Fortaleza”.
Evaldo
lembra que obras de mobilidade urbana e de saúde aconteceram em função
da Copa. Ele descarta que – durante o evento esportivo – renasçam as
“jornadas de junho” na mesma intensidade ocorrida em 2013. “A população
está começando a entender o projeto de gestão de resultados, que
prioriza saúde, educação e mobilidade urbana. Pode até ser um ano
difícil, mas busco ser otimista”, conclui.
Já
o vereador Vítor Valim (PMDB) acredita que “sempre é possível fazer
mais, apesar de ter havido alguns avanços”. Para 2014, ele espera que a
Copa do Mundo e as eleições não ofusquem as áreas importantes para
Fortaleza. “Muitos se voltam para a campanha eleitoral e acabam
esquecendo a cidade”, finaliza.
Edição:Ingrid Lima
Fonte:O Estado
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