Como é do senso comum, a prefeitura de Quixadá apresenta, atualmente, um número elevado de servidores contratados por tempo determinado ou comissionados. A Lei de Responsabilidade Fiscal aponta que os governos não podem manter suas folhas de pagamento acima do percentual de 54%. Na Terra dos Monólitos, porém, o inchaço percebido pela população também se reflete na folha, que chegou ao comprometimento de 56,7%. Com isso, a prefeitura passou a descumprir a lei, sendo obrigada a se adequar. O prefeito Ricardo Silveira, antes de fazer seu passeio a Israel, havia tomado duas atitudes: dispensar mais de 170 funcionários e assinar o decreto 49, que trazia uma série de arrochos para os servidores públicos, entre eles a suspensão da licença prêmio e das horas extras remuneradas; poucos dias depois, o vice prefeito Marcelo Ventura recontratou os 170 dispensados, em uma manobra que parecia fazer de bobo o Tribunal de Contas do Estado. Com a continuidade do inchaço da máquina e da falta de condições de manter os salários em dias, o prefeito Ricardo assinou novo decreto, publicado hoje, 31, com dois dispositivos: a redução de seu salário, do vice e de secretários em 30% e a renovação do decreto 49, de suspensão de direitos dos servidores, ambos com validade até 31 de dezembro.
Interessante notar que o prefeito, entre fazer a escolha óbvia de dispensar os excessos na prefeitura, preferiu castigar de novo os servidores, mas também cortar do próprio salário -a diferença é que para os servidores o "castigo" acontece desde agosto, enquanto para o prefeito ele só começa em novembro, ou seja, os servidores efetivos irão, ao final, passar 4 meses de arrocho, enquanto o prefeito, vice e secretários, apenas 2.Viu alguma situação que pode virar notícia? Ou tem alguma sugestão de pauta?Fale com a gente pelo WhatsApp do Central Quixadá.
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