Em meio à ressaca do último fim de semana, movimentos da oposição no Ceará seguem gerando repercussão nos bastidores. Depois do anúncio do deputado federal André Fernandes (PL) de que o Partido Liberal terá candidatura própria ao Governo do Estado e ao Senado em 2026, um aliado de Ciro Gomes e Roberto Cláudio saiu em defesa da unidade do grupo.
O deputado estadual Cláudio Pinho (PDT) afirmou, em conversa com esta coluna, que a oposição vai buscar “um entendimento” no momento oportuno, minimizando o tom de rompimento da declaração. "Acho natural que o partido (PL) queira apresentar candidato, mas vamos discutir o melhor nome no momento próprio. A oposição sairá unida. Esse é o nosso sentimento", disse Pinho.
Fernandes descartou publicamente a aliança com Ciro e Roberto Cláudio no primeiro turno das eleições de 2026. A decisão do PL foi interpretada nos bastidores como um rompimento com a tentativa de aliança construída nos últimos meses e como sinal de que uma direita bolsonarista no Ceará quer liderar o bloco oposicionista sem concessões.
“Vamos colocar isso para o debate”
Cláudio Pinho, no entanto, tenta manter pontes e reforçar que o melhor nome precisa ser discutido coletivamente, com foco no projeto e não apenas em siglas.
"André quer que o partido (PL) cresça, colocou mais esse desejo, mas se o nome for melhor, temos que colocar isso para o debate. Acho que o Ciro é o melhor nome, atualmente".
A declaração demonstra disposição de setores ligados ao pedetista em seguir buscando uma composição, mesmo diante das declarações do parlamentar do PL.
Críticas à polarização: “Isso não interessa à população”
Pinho também fez críticas à polarização nacional entre Lula e Bolsonaro, principal ponto de atrito entre a base bolsonarista no Ceará e Ciro Gomes.
"A quem interessa essa briga? Não interessa à população. Só interessa a eles dois, não à população. Temos que ter um projeto para o Brasil e o Ceará. As pessoas têm fome, há problemas na segurança. E muito mais. Tem que superar isso".
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